terça-feira, 29 de novembro de 2016

AÇÕES EDUCATIVAS NO 2º SALÃO DE ARTES VISUAIS | RIO GRANDE 2016

A paisagem contemporânea é tema das ações educativas propostas por Luis Lekston e Pablo Mateus do Pinho, seus projetos foram inscritos e selecionados no 2º Salão de Artes Visuais: DART – Uso de Histórias em Quadrinhos como Dispositivo Didático no Ensino de História da Arte e Magriço, o menino pintor; respectivamente. 

Lekston executou seu projeto na manhã desta terça-feira (29), na sala de reuniões da Fototeca Municipal Ricardo Giovannini, para alunos do 9º ano da Escola Estadual Bibiano de Almeida.









À tarde, Pablo, junto aos alunos da Escola Municipal Cipriano Porto Alegre, visitaram ambientes significativos para contar a história de Magriço e sua identificação com locais históricos do município, como a Bibliotheca Rio-Grandense, o Mercado Público, a Câmara do Comércio, Museu da Cidade e Fototeca Municipal Ricardo Giovannini.



Pablo e Lekston concorrem à premiação na mesma categoria, juntamente à Fabiane Pianowski com o projeto de Mediação do Salão de Artes.



EXECUTIVO MUNICIPAL LANÇA CHAMADA PÚBLICA PARA PROPOSTAS DE ESCULTURAS EM MADEIRA



O projeto TransformArte: transformando madeira em arte, promovido pelo Executivo Municipal conjuntamente às Secretarias de Município da Cultura, do Meio Ambiente e dos Serviços Urbanos, visa fomentar ações e processos construídos pelos indivíduos e sua coletividade voltados a conservação e a sustentabilidade do meio ambiente através da arte, além de reconsiderar a ocupação dos espaços urbanos.

A partir desta terça-feira (29) estarão abertas inscrições gratuitas para artistas vinculados à área das Artes Visuais interessados em esculpir troncos de árvores tombadas por temporais ou por supressão de espécies mortas, aprovadas pela legislação nº 6832/2009 do Plano Diretor de Arborização Urbana. O período de inscrições dar-se-á até o dia 19 de dezembro de 2016 e a abertura da exposição celebrará o aniversário da Cidade, em 19 de fevereiro de 2017.

Para avaliar as propostas inscritas a Comissão de Seleção composta por profissionais indicados pelas Secretarias de Cultura, de Meio Ambiente e de Serviços Urbanos levará em consideração critérios de produção artística, de criatividade, de viabilidade e de técnica de execução.

Aos artistas interessados em participar desta Chamada Pública será disponibilizado o conteúdo do projeto, bem como o formulário de inscrição através do site http://www.riogrande.rs.gov.br/, ou através dos links a seguir: Chamada Pública Transformarte , Anexo I Transformarte

Demais informações podem ser obtidas pelos telefones (53) 3235-7803, ou pelo e-mail secult.rg@gmail.com.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

VISITA CRAS HIDRÁULICA E CAPS AD - 2º SALÃO DE ARTES VISUAIS

A pouco recebemos a visita de dois distintos grupos ao nosso 2º Salão de Artes Visuais. O grupo de senhoras do CRAS Hidráulica e também o CAPS AD que participa do Salão também com uma obra de intervenção urbana presente na fachada de sua sede na Marechal Floriano. Os grupos foram recepcionados pelo estudante de Artes Visuais da Furg Erick Henrique que pode nortear a visita através de mediação.




Texto e imagens: Cássio Pinheiro

domingo, 27 de novembro de 2016

MEETING OF STYLES BRASIL 2016 - TRANSFORMANDO A PAISAGEM DO RIO GRANDE!




O primeiro dia de intervenções na paisagem urbana de Rio Grande, promovida pelo Encontro Internacional de Graffiti, atraiu centenas de pessoas à Avenida Honório Bicalho, que interagiram com o expressivo e colorido trabalho de artistas de diversas partes do país e do mundo. O Meeting of Styles Brasil, em mais uma edição, traz ao município a força do diálogo entre culturas e etnias,  rompendo com o cenário cinzento composto por asfalto e muros altos da zona portuária.
O MOS Brasil assinala nossa cidade como um dos principais polos incentivadores da arte de mural no país, concentrando criações dos mais significativos nomes do graffiti mundial. Moradores do Balneário Cassino, no ano de 2015, celebraram a realização do evento, bem como o legado deixado nos muros da Sociedade Amigos do Cassino – SAC. Esta é a vez dos moradores do Bairro Getúlio Vargas, trabalhadores do Polo Naval e demais espectadores alegrarem-se com a nova vista, repleta de identidade.
Segundo Lucas Stuczinski, a recepção este ano foi ainda maior, acontecimento esperado pelo público e pelos patrocinadores, o Meeting of Styles Brasil tem excelente estrutura física e um espaço considerável para a prática da pintura: “estamos dando um pouco de cor, de vida para esse ambiente aqui no Porto que é tão cinza, tão bege, onde só transitam, praticamente, caminhões e carros”. E acrescenta: “ver a população vindo a pé, aqui caminhando, vendo tudo; apreciando a arte é satisfatório”. 


Lucas elucida, ainda, a escolha pelos muros do Porto para sediar esta segunda realização do MOS Brasil em Rio Grande: “o intuito é a gente espalhar bastante a arte e eu fico muito feliz de, na verdade, ser perto de uma zona mais carente, digamos assim, porque eles são os menos prestigiados no dia-a-dia em tudo e aqui é uma oportunidade que eles estão tendo também. A molecada aí tá transitando, tem uns até se arriscando no spray; a mensagem é vida, é cor e tá todo mundo feliz!”
Refletindo a relevância desta forma de arte na comunidade, 28 crianças do projeto social Vasquinho do BGV, participaram da tarde ensolarada e replena de atividades culturais. O objetivo do projeto, de acordo com o seu coordenador Mano Jorge, é trabalhar para resgatar as crianças que estão em vulnerabilidade social das ruas, mostrando um mundo bem melhor do que este que se vive hoje. Conta o coordenador que a mudança desta dura realidade perpassa a inserção da cultura e do esporte na rotina das crianças: “acredito que o graffiti, o hip hop e o esporte incentivam e tiram a criança da rua. Esse trabalho que acontece hoje, esse trabalho de graffiti, de cultura, com certeza é incentivo para toda a comunidade Rio-Grandina”.


            As inscrições nos muros também inspiram e incentivam jovens a manifestar suas ideias; paredes são outdoors, mostram a realidade vivida e a busca pelo espaço que os identifica. Flávio Mendes, de Brasília, que  participou de edições anteriores na Alemanha, na Itália, em Porto Alegre e pela segunda vez em Rio Grande, revela sua identificação com a arte urbana: “é uma maneira de mostrar que a gente tá vivo. Eu comecei a pintar por isso, eu queria manifestar um pouco as minhas ideias na parede, trazer um pouco de paz. Na época eu era adolescente e um pouco confuso, queria mostrar um pouco da minha confusão na parede, ou queria me auto afirmar pintando; sendo alguém”. 


Para Flávio, o Graffiti é uma ferramenta de transformação: “sempre desenhei, eu era autodidata, desenhava em casa, mas não mostrava meu desenho pra ninguém. Quando estava com 16 anos eu tive um problema, fui detido pela polícia e minha mãe me colocou de castigo. Ai nesse castigo eu escutava muito Rap, eu escutei uma rádio anunciando uma oficina de Graffiti em uma cidade próxima da minha, ai eu fui e depois que eu tive esse contato com a arte eu vim parar aqui, foi no que deu. Foi uma transformação na minha mente, que eu era um cara um pouco sem perspectiva. Hoje eu sou casado, tenho uma família e pago as minhas contas através disso”.


Cristiane Monteiro, conhecida como Crika, e Karen Fidelis, a Kueia; ambas residentes no estado de São Paulo salientam a importância da inserção do Graffiti em lugares diversos, as desigualdades sociais são paineis que destacam ainda mais a arte comunicada. Karen relata que gosta de pintar em todos os ambientes, em locais que todos tenham acesso e consequentemente despertar o público para o aprendizado.
            Em sua primeira vez no sul do país e também no MOS; Crika concorda que a arte de inspiração urbana precisa habitar diferentes lugares,  e que eventos como estes são importantes para se conhecer novos artistas, valorizar talentos locais: “a gente tem muito artista bom aqui, de todos os estados do país”. Gisel Rosso, artista argentina, em sua primeira participação no Meeting, revela que o encontro abre fronteiras para o diálogo, e que a arte de rua cresceu muito na América Latina nos últimos tempos.


            Valorização advinda também do público que visita o espaço e contempla as imagens que aos poucos vão tomando mais vida. Em cada passo uma nova descoberta. Jussara Pereira, professora; e sua mãe Albina Pereira de 87 anos, não perderam tempo! Logo que tomaram conhecimento sobre o Encontro Internacional ser realizado novamente em Rio Grande, decidiram prestigiar. Nos conta a educadora: “vim trazer a minha mãe, que desde que leu a notícia no jornal está falando em vir olhar, pois no ano passado ela achou muito bonito. Está ficando uma construção bem bonita.” Dona Albina nos diz que o que lhe chama mais atenção é a pintura realizada por artistas que mesmo sem formação na área produzem grandes obras.
             O município do Rio Grande ganha novamente este grande presente em forma de arte: para comunicar, informar, transformar a paisagem e o olhar.








           

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

LAR LAÇOS DE AMOR PARTICIPA DO 2º SALÃO

O 2º Salão de Artes Visuais de Rio Grande recebeu nesta tarde a visita das crianças do Lar Laços de Amor que puderam prestigiar das diversas obras presentes. Junto dos mediadores Rodrigo Mendes e Louize Bueno, puderam fazer o circuito Marechal Floriano, Mercado Público e Sala Multiuso. Confira as imagens:







Texto e imagens: Cássio Pinheiro

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

AÇÕES EDUCATIVAS NO 2º SALÃO DE ARTES VISUAIS



Na última sexta-feira (18) o grupo de mediadores participou do terceiro dia de formação, realizado pela Arte Educadora Fabiane Pianowski. A mediação foi realizada entre o grupo como prática, contribuindo para os futuros encontros com os visitantes.






Na mesma tarde, alunos da Escola Municipal Cipriano Porto Alegre foram recepcionados por Magriço, o menino pintor; uma personificação idealizada pelo professor Pablo Mateus do Pinho alusiva ao pintor Rio-grandino Romualdo Gomes Magriço, nascido no ano de 1863. 


A ação educativa proposta por Pablo visa à reeducação do olhar como o mesmo sugere: “buscamos com esta iniciativa estimular a experiência estética dos observadores e desenvolver as competências desta percepção através da prática criativa e inventiva que a arte nos proporciona”. 

Os alunos visitaram espaços do Centro Histórico como a Fototeca Municipal Ricardo Giovannini, a Bibliotheca Rio-Grandense, a Câmara do Comércio e o Mercado Público. Neste último os "pequenos pintores" buscaram reproduzir paisagens, assim como Romualdo Magriço em sua obra: O Naufrágio do Rio Apa, tela pertencente ao acervo da Bibliotheca Rio-Grandense e atualmente exposta na Câmara do Comércio. 









Uma nova turma participará desta proposta junto a “Magriço, o menino pintor”, na tarde desta quinta-feira (24), a partir das 14h30.

Fotos: Cláudia Dorneles