sexta-feira, 2 de agosto de 2019

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Emílio Luiz Mallet


Émile Louis Mallet, mais conhecido como Emílio Mallet, ou Barão de Itapevy, foi um militar brasileiro nascido na França em 10 de junho de 1801. Veio para o Brasil com a família aos 17 anos de idade, fixou-se na então capital do Império. No Rio de Janeiro, recebeu do Imperador Dom Pedro I, que estava reorganizando o Exército após a proclamação da Independência do Brasil, convite para iniciar a carreira das Armas.
Matriculou-se na Academia Real Militar do Império, assentando praça como primeiro cadete em 13 de novembro de 1822. Em breve, optaria pela formação no curso de Artilharia. Como 2º tenente, Mallet comandou uma bateria de Artilharia a Cavalo na campanhas da Cisplatina, de 1825 a 1828. Apesar de ter jurado a Constituição do Império em 1824, foi demitido do serviço ativo em 1831 por "não ser brasileiro nato". No entanto, em 1837, no decorrer da Revolução Farroupilha, foi convidado a servir. Coube-lhe fortificar a vila de Rio Grande, objetivo estratégico dos farroupilhas.  Após a assinatura da Paz de Ponche Verde, em 1845, Mallet retornou a atividades pastoris como oleiro em sua chácara no Quebracho, nos arredores de Bagé.
Em 1851 voltou a ser convocado para servir na Guerra do Prata. Mallet combateu ainda na Guerra contra Aguirre, na Guerra do Paraguai e Tuiuti. Nessa batalha, suas bocas-de-fogo foram batizadas “artilharia revólver”, tal a precisão e a rapidez de seus fogos. A previsão e a criatividade do chefe militar asseguraram importante vitória do Exército Imperial. O profundo fosso que Mallet fez construir para a proteção de suas peças constituiu-se em eficiente obstáculo que impediu o avanço da tropa inimiga. Esse fato passou para a História com a célebre frase do comandante da Artilharia brasileira: “Eles que venham. Por aqui não passam.”
Mais tarde, ascendeu ao posto de Brigadeiro, chegando a Marechal de Exército. Permaneceu no serviço ativo até então, vindo a falecer em 2 de janeiro de 1886, na cidade do Rio de Janeiro, aos 84 anos.
Em 1932 lhe foi conferido, por meio de decreto nº 21.196, o título de Patrono da Artilharia brasileira. Desde então, em 10 de junho, dia de seu aniversário, comemora-se o Dia da Artilharia no Exército Brasileiro.
Uma escola estadual em Rio Grande recebe seu nome.






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