O 2º Salão de Artes Visuais reúne em sua categoria Obra e Objeto de Arte, no interior da Sala Multiuso e do Mercado Municipal, obras que traduzem a Paisagem Contemporânea.
Confira!
Fotos: Cláudia Dorneles
Textos: Cássio Pinheiro
Fotos: Cláudia Dorneles
Textos: Cássio Pinheiro
Clube Caixeral - Rosali Colares
A
obra Clube Caixeral - de Rosali Colares – apresenta uma pintura de um detalhe
do antigo clube do centro histórico de Rio Grande que hoje se encontra em
ruínas, com apenas sua fachada ainda “de pé”.
O trabalho de Rosali toca nas questões de identidade e pertencimento
dentro da paisagem urbana de nossa cidade.
Os que tiveram a oportunidade de frequentar o antigo clube lembram com
saudosismo os eventos que ali aconteceram. Já as novas gerações não
(re)conhecem o clube, tampouco se identificam com o que restou do prédio.
Caminho - Marco Voigt
A
gravura digital Caminho – do artista Marco Voigt - convida o espectador a
desbravar os caminhos que existem por trás dos grandes prédios das cidades.
Voigt procura descobrir estes vãos existentes entre os gigantes de concreto como
se procurasse o tendão de Aquiles, a fragilidade que não se vê, tamanha a
grandiosidade do titã. O artista fotografa e transforma estes espaços
digitalmente de forma a promover uma nova compreensão sobre estes espaços.
Série Mapa e Urbe - Gerson Ferreira
Gerson
Ferreira propõe em sua série Mapa e Urbe um olhar codificado sobre a
urbanidade. Através da caneta esferográfica, Gerson preenche os espaços
ocupados pelas janelas de um horizonte transformando pelo próprio homem,
construindo assim um novo mapa, uma nova paisagem.
Oroboro – Ricardo Ayres
A
imagem fotográfica apresentada pelo artista Ricardo Ayres em primeiro momento
choca pela sua crueza a respeito do embate natureza x cultura. Ela provoca o
espectador a refletir sobre este duelo existente entre o homem e a natureza em
nome do progresso. O animal esmagado sobre o asfalto apresenta uma composição
circular como a da serpente Oroboro, que devora a própria cauda.
Percursos
Carolyne
Azevedo apresenta nesta edição do Salão de Artes Visuais a obra Percursos, que
consiste em três imagens fotográficas alteradas digitalmente representando
as cidades em que a artista residiu apoiadas sobre uma.
Desta forma Carolyne propõe uma paisagem afetiva, (re)significando as imagens
através do conjunto e da interferência digital.
O Agronegócio e os Quilombos – Zé Darci
Zé
Darci apresenta a pintura de uma paisagem já rara em nossa contemporaneidade.
Situada em Arrio Grande, cidade que ainda mantém sua essência rural, Zé Darci
questiona o disputado terreno do Agronegócio que invade e destrói os quilombos
resistentes no nosso tempo.
Sem título – Xenia Veloso
A
obra coletiva do grupo Photographein vai à escola traz à tona o que o mar, da praia do Cassino, já trouxe: a lama. Entre
dois monitores de TV que colocados
frente um ao outro parecem conversar sobre o passado e o presente da nossa
praia, o espectador é colocado a decidir que praia prefere.
Congresso – Guilherme Muller
O
cenário político atual serve de inspiração para Guilherme Muller que reproduz o
congresso substituindo os famosos pratos por penicos e as torres centrais por
papel higiênico.
Cidade Caleidoscópio: Intermitências ao
Fluxo – Daiane Piassarollo
O Mercado
Municipal revela a paisagem sobreposta sugerida na obra de Daiane Piassarollo.
Fotografias em suporte transparente, com edições que despontam repetições, espelhamentos
e rotação. Composições em sequência que geram formas complexas e abstratas;
características do fluxo contemporâneo.
Sem Título – Luciana Pereira
Buscando
representar a paisagem em formato tridimensional, Luciana Pereira garante ao
espectador um olhar aprofundado e ilusório em sua obra. Recortes da imagem
refletida por espelhos, como um caleidoscópio, geram dimensões além de nossa
compreensão.
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