Página de divulgação das ações da Secretaria de Cultura do município do RIO GRANDE RS.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

"DIA 36: AINDA HÁ TEMPO" INAUGUROU NA 46° FEIRA DO LIVRO DA FURG




Inaugurou, na noite de ontem, dia 24, a exposição de fotografias e crônicas da jornalista Victória Salomão. Em uma parceria do Centro Municipal de Cultura, equipamento da Secretaria de Município da Cultura, com a organização da 46° Feira do Livro da FURG, Victória conduziu uma roda de conversa sobre o seu trabalho, a concepção da exposição, as atividades que desenvolve como colunista e radialista em Arroio Grande e, ainda,  leu alguns de seus textos.

Até o dia 03 de fevereiro é possível conferir a mostra e toda a programação do evento.





quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

VOCÊ ME CONHECE?


Carlos Guilherme Rheingantz

Nasceu em 14 de abril de 1849, em Pelotas e faleceu em 30 de maio de 1909, no Rio de Janeiro e foi filho de Diogo Jacob Rheingantz e Maria Carolina von Fella.
Carlos foi mandado para a Europa com oito anos para realizar estudos, como era costume à época, cuja ênfase foram as atividades comerciais e industriais.
Ao retornar para o Brasil, após recorrer vários países da Europa, dedica-se ao comércio em Pelotas. Em 1º de março de 1873, casa-se com Maria Francisca de Sá.
De origem renana, foi o fundador da Fábrica Rheingantz em sociedade com o sogro, Miguel Tito de Sá, e com o empresário alemão Hermann Vater.
Impondo-se como pioneira no setor têxtil no sul do Brasil, a Rheingantz ocupou o lugar de uma grande empresa nos finais do século XIX, configurando-se num nível produtivo que abarcava um mercado consumidor de grandes proporções, extrapolando as fronteiras regionais.
Fundada em novembro de 1873, a Rheingantz  foi uma empresa pioneira na produção de tecidos e panos de lã. A fábrica original funcionava nas proximidades da praça Marcílio Dias nas esquinas da Silva Paes com Barroso. Em 1885 inaugura suas novas instalações na Cidade Nova, começando a edificação do complexo arquitetônico hoje conhecido. Além dos prédios de produção e administração, foi construída a Vila Operária para que os trabalhadores morassem junto à fábrica.
O ato de inauguração foi registrado pelo jornal Echo do Sul do dia 7 de março de 1885: “O crescente desenvolvimento que tomou este estabelecimento aconselhou os Srs. Rheingantz e C. a mudarem sua fábrica de tecidos de lã para o grande terreno onde se acha a tinturaria e onde foi construído o vasto edifício, cujas obras foram inauguradas no dia primeiro do corrente com a assistência de Suas Altezas Imperiais”.
O projeto fabril do fundador é apresentado nos relatos de seus descendentes como resultante de sua experiência na Alemanha e em viagens que realizou à Inglaterra para conhecer fábricas têxteis. No Rio Grande do Sul buscou encontrar um local propício à instalação de uma indústria nos moldes das que havia conhecido na Europa. E a cidade de Rio Grande foi escolhida principalmente por já possuir um porto capaz de receber embarcações comerciais, o que facilitava a importação de equipamentos necessários à produção têxtil. Durante as primeiras três décadas do século XX, a empresa ampliou e aprimorou o processo de fabrico de tecidos de lã e para tanto incentivou a vinda de estrangeiros, predominando os alemães nos setores técnicos da empresa. Em outros setores, como carpintaria, marcenaria e tapeçaria, os mestres eram igualmente de origem europeia, tais como italianos, poloneses e portugueses.
Carlos Guilherme Rheingantz  se faz presente, também, na comissão provisória instaurada para a administração do município por ocasião da proclamação da República, em 1889.

Para saber mais:


quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

VOCÊ ME CONHECE?

Descrição: Procurar imagens disponíveis

Carmen da Silva
Nasceu no Rio Grande, no dia 31 de dezembro de 1919,  e faleceu em  Volta Redonda/RJ,  em 29 de abril de 1985. Foi uma psicanalistajornalista e escritora, uma das precursoras do feminismo no país.
Carmen da Silva já foi definida como "um dos símbolos da modernização da imprensa e da sociedade brasileira contemporânea”.
Formou-se professora primária no Colégio Santa Joana D’Arc. Trabalhou na Companhia de Petróleo Ipiranga, dos 18 até os 25 anos. Publicou, de forma eventual, alguns artigos em jornais locais.
Publicou seu primeiro livro nos anos 1940, época em que viveu no Uruguai e na Argentina, onde iniciou sua carreira de escritora e jornalista, Nos anos 1960 radicou-se no Rio de Janeiro e consolidou seu talento como escritora, colaborando com jornais e revistas. Começou a trabalhar em Montevidéu, no Escritório Comercial do Brasil, e também em uma organização internacional, onde traduzia e participava do Comitê para a Defesa Política do Continente.
Escreveu e publicou artigos e contos para revistas e jornais, especialmente para La Gaceta de Tucumán, um dos mais antigos jornais da Argentina, e para a revista Leoplan, há muito desaparecida, para Damas y amitasAtlântida e El Hogar, revistas femininas famosas.
Em 1955 escreveu Setiembre, publicado em 1957, traduzido e publicado no Brasil com o título de Fuga em setembro.
Trabalhou na Embaixada do Brasil como secretária do adido militar.
Volta ao Brasil em 1962. Durante 22 anos, entre 1963 e 1984, redigiu a coluna "A arte de ser mulher" na revista Claudia. A coluna antecipou alguns dos debates que seriam depois encampados pelo discurso feminista no Brasil: uso da pílula anticoncepcional, inserção da mulher no mercado de trabalho e divórcio.  Estreia na revista com o artigo “A protagonista”.  Reuniu os  artigos ali publicados no livro intitulado A arte de ser mulher.
Em 1975, Carmen pronuncia a conferência de abertura da “Semana de Pesquisa Sobre o Papel e o Comportamento da Mulher Brasileira” na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), solenidade marco do feminismo contemporâneo no Brasil. Conviveu intensamente com as feministas, participando de todas as manifestações, passeatas, redação de documentos e outras atividades do Movimento Feminista.
Em 1984, Carmen publica sua autobiografia, Histórias híbridas de uma senhora de respeito. Ainda nesse ano, participa da passeata de 08 de março fantasiada de Estátua da Liberdade carregando em uma das mãos uma tocha e na outra uma tábua de cortar carne. E assim, de modo diferente e bem humorado tratava os assuntos do feminismo.

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