O Coral Municipal Cidade do
Rio Grande abriu os trabalhos artísticos com um repertório conhecido pelo
público, que aplaudiu os coralistas regidos pela maestrina Márcia Granada, ao
final da apresentação. A mesa de abertura, composta a seguir, contou com as
presenças do prefeito Alexandre Lindenmeyer, do secretário de Município da
Cultura, Ricardo Freitas, do diretor do Centro de Convívio Meninos do Mar,
Lauro Barcellos e do ex-presidente do Conselho Municipal de Cultura, Miguel
Isoldi. A primeira-dama, Eunice Lindenmeyer, também esteve presente, como
presidente da Comissão dos 280 anos da cidade do Rio Grande.
O secretário Ricardo Freitas
salientou a importância do evento para Rio Grande, após saudar os conselhos,
artistas e a comunidade em geral “Hoje é um dia de muito trabalho, de muita responsabilidade.
Um dia histórico para o município”, ressaltou. “Abrir editais que possam atender os treze fóruns setoriais, que foram escolhidos hoje, é o nosso maior objetivo. Temos um Plano, uma Lei, que cria o
Sistema, e teremos agora um Fundo que irá financiar a sociedade civil
organizada e promover, cada vez mais, o fomento à cultura, nas suas mais
variadas áreas, em Rio Grande”, completou.
Em seguida, falou o
Professor Lauro Barcellos, que saudou a realização do Fórum. Espaço para “reunir,
fortalecer e potencializar, junto ao Poder Público, as diferentes faces do
mosaico cultural que compõe a cidade do Rio Grande”. Para ele, “a cultura sempre será a mais
potente forma de resistência humana perante a todas as adversidades que,
porventura, se apresentem nas nossas vidas”.
Miguel Isoldi, ex-presidente
do Conselho Municipal de Cultura, iniciou sua intervenção com um destaque ao
Mestre Jacaré, Mestre da Cultura Popular do Rio Grande, e com uma homenagem aos
antigos conselheiros e conselheiras já falecidos, “pessoas que tanto lutaram
pela cultura do município e morreram sem enxergar esse sonho realizado”, disse
ao se referir à pessoas como Cleber Mendes e Elisa Calvete. “O que trago aqui é
esse anseio, que sempre esteve comigo, desde 2008, que é a possibilidade de
criação de um Fundo para o fomento da cultura no município”, finalizou.
O Pró-reitor de Extensão e
Cultura da Universidade Federal do Rio Grande, Daniel Porciúncula Prado,
representou a Reitora e o Vice-reitor, Cleuza Dias e Danilo Giroldo,
respectivamente, na oportunidade. Graduado em História, destacou que a
formação cultural do Rio Grande não se restringe apenas à colonização
portuguesa. “Rio Grande possui muitas tradições culturais e religiosas, além da
cultura portuguesa. Cito, por exemplo, as manifestações de periferia da nossa
cidade. A FURG e a Prefeitura são instituições estratégicas para o
desenvolvimento e o empoderamento desses movimentos. Por isso estamos aqui,
neste momento tão importante, tão fundamental para o desenvolvimento de
políticas culturais do município”, argumentou.
O prefeito Alexandre
Lindenmeyer disse que a proposta de criação da Secretaria de Município da
Cultura, desmembrada da Secretaria de Município da Educação, é uma pauta de
longa data no município e remonta o ano de 2009, quando juntamente com os
segmentos culturais do município, fazia essa defesa, ainda no Legislativo. “Os
280 anos de Rio Grande passam muito pelo que vejo por aqui. Pela diversidade
desse espaço, representada nas mais variados segmentos culturais do município.
A existência de uma pasta da cultura demanda a participação da comunidade e,
esse é o motivo de estarmos reunidos. Hoje, nós estamos governo, e defendemos a
ideia de que é necessário fortalecermos a estrutura, com a realização de
concursos públicos, com quadros específicos, e focados nas áreas de
representatividade cultural”, reforçou. Na sequência, a professora Rita
Patta Rache, doutora em Educação pela Universidade de Brasília (UnB), fez um
diálogo com os presentes com o seguinte tema: “Aqui onde vivemos, cultura e
pertencimento”.
No período da tarde, a
diretora artística da Secretaria de Município da Cultura, Cintia Campos,
apresentou o Plano Municipal de Cultura. A seguir, ocorreu a discussão dos
treze fóruns setoriais que integrariam o novo Conselho de Política Cultural do
município. Após a plenária e eleição, ficaram denominados os seguintes
representantes: Fábio Orleans (Titular) e Fúlvia Conceição (Suplente) para o
Fórum Setorial de Artes Visuais, Ana Mota (Titular) e Cleber Alcântara
(Suplente) para o Fórum Setorial de Artesanato, Célia Maria (Titular) para o
Fórum Setorial de Patrimônio Material e Imaterial, Vinicius Rocha (Titular)
para o Fórum Setorial de Audiovisual, Rogério Soares (Titular) e Andrea
Santorum (Suplente) para o Fórum Setorial da Música, Cid Branco (Titular) para
o Fórum Setorial de Artes Cênicas, Cristiano Acosta (Titular) e Jorge Martins
(Suplente) para o Fórum Setorial de Cultura Popular, Eduardo Vianna (Titular) e
Eduardo Ortiz (Suplente) para o Fórum Setorial de Culturas Identitárias e
Inclusivas, Paula Machado e Marco Muller para o Fórum Setorial da Literatura,
José Carlos Espíndola (Titular) para o Fórum Setorial de Empresas e Produtores
Culturais, Ingrid Donald (Titular) para o Fórum Municipal de Trabalhadores da
Cultura, Miguel Isoldi (Titular) e Celso Santos (Suplente) para o Fórum
Setorial de Organizações da Sociedade Civil e Paulo Ferreira (Mestre Jacaré)
para o Fórum Regionais da Cultura.
Os outros sete
representantes do Conselho, representando o Poder Público, um da Universidade
Federal do Rio Grande, dois da Secretaria de Município da Cultura, um da
Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer, um da Secretaria de Município da
Fazenda e um da Secretaria de Comunicação e Relações Institucionais, serão
anunciados nos próximos dias.
O Fórum foi encerrado por
volta das 18h, com um agradecimento dos representantes da mesa e uma foto dos
novos Conselheiros e Conselheiras, seguida de um registro de todos os
presentes. “A todos nós, muito trabalho. Estaremos juntos compartilhando saberes
e conhecimento em prol da cultura do nosso município, na construção de uma
política sólida, permanente, e para além dos nossos dias”, finalizou o
secretário Ricardo Freitas.
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