Com o objetivo
de divulgar o legado histórico, jornalístico e literário de uma das mais
notáveis feministas brasileiras do século XX, a Secretaria de Município da
Cultura e o Instituto de Letras e Artes da Universidade Federal do Rio Grande
irão destacar a vida, a obra e as pesquisas sobre Carmen da Silva em mais um
encontro do curso Mulheres ao Sul: Vozes da Resistência. A atividade é aberta
ao público em geral e será realizada na próxima sexta-feira, 7, a partir das
14h, na Biblioteca Riograndense.
O curso será ministrado pela
Professora Nubia Hanciau, doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal
do Rio Grande do Sul (UFRGS), autora de livros e artigos sobre estudos
literários e coordenadora do projeto Carmen da Silva, uma rio-grandina
precursora do feminismo no Brasil, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em
Letras da Universidade Federal do Rio Grande.
A
autora
Carmen da Silva nasceu em
Rio Grande em 31 de dezembro de 1919 e faleceu no Rio de Janeiro em abril de
1985. Residiu no Brasil até os 23 anos, quando foi viver no Uruguai, e, seis anos
mais tarde, na Argentina. Dentre os principais títulos da sua obra, destacam-se
os romances Fuga em setembro (1973) e Sangue sem dono (1964), os livros de
ensaios A arte de ser mulher (1966) e O homem e a mulher no mundo moderno
(1969) e a novela Dalva na rua mar (1965). Um dos fatos mais marcantes da sua
trajetória na defesa dos direitos das mulheres ocorreu em uma passeata de 8 de
março de 1984, quando saiu às ruas fantasiada de Estátua da Liberdade,
expressão máxima de suas convicções, carregando em uma das mãos uma tocha, na
outra uma tábua de cortar carne. O fato repercutiu nacionalmente na imprensa,
sendo destaque de capa do Jornal do Brasil e O Globo.
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