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quarta-feira, 25 de julho de 2018

VOCÊ ME CONHECE?




Carlos Santos

Carlos da Silva Santos nasceu no Rio Grande em 9 de dezembro de 1904.  Foi um sindicalista, jornalista e político brasileiro, o primeiro negro a ser eleito presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e a ocupar o governo do Estado do Rio Grande do Sul.
Santos foi um exemplo de luta tenaz, em prol da cidadania, ao exercer cargos de relevância política.
Devido às dificuldades financeiras, Carlitos - como era conhecido na infância - abandonou os estudos, aos 12 anos de idade e empregou-se numa empresa de reparos navais, cujo nome era Oficina Dias.
Participou intensamente do movimento sindical ligado à legislação trabalhista, posterior à Revolução de 1930, fundando em Rio Grande o Sindicato dos Operários Metalúrgicos, do qual foi seu primeiro Presidente e mais tarde o seu Secretário-Geral. Organizou o Sindicato dos Operários Metalúrgicos do Rio Grande e também contribuiu para a criação da Frente Sindicalista Gaúcha.
A vivência no meio operário despertou-lhe a consciência política frente às desigualdades, injustiças sociais e o racismo presentes em nossa sociedade.
Em 1935 foi eleito deputado classista do Brasil, sendo empossado na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, no 1° pleito classista estadual, representando os trabalhadores da indústria do Rio Grande do Sul.
Com a implantação do Estado Novo (1937-1945), por Getúlio Vargas (1882-1954), foram dissolvidas as representações, e Carlos Santos volta à sua condição de operário.
Ainda neste período, ele também passou a colaborar com artigos nos jornais "Rio Grande" e "O Tempo", além de assumir, também, como correspondente do "Diário de Notícias", de Porto Alegre, e "A Noite", do Rio de Janeiro. Posteriormente, foi chefe de redação do jornal Rio Grande. Carlos Santos nos deixou inúmeras matérias jornalísticas, principalmente de cunho sociopolítico e cultural.
Após uma disputa interna no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em 1958, o seu nome se torna consenso e ele retorna, em 1959, ao seu cargo de deputado estadual. A partir de então mais três legislações ocorreram, respectivamente, em 1963, 1967 e 1971. Estas duas últimas no MDB.
O ano de 1967 foi auspicioso para o nosso nobre parlamentar, pois presidiu a Assembleia Legislativa, promulgou a Constituição do Estado, inaugurou o Palácio Farroupilha, na Assembleia Legislativa, e assumiu, por duas vezes, o governo do Rio Grande do Sul na ausência de Peracchi Barcellos (1907- 1986).
De 1975 a 1982, Carlos Santos exerceu o mandato de deputado federal (MDB). Nesta fase, criou projetos voltados às mais diversas áreas, como direitos humanos, ecologia, aposentadoria, menores carentes e excepcionais, indústria de pesca (recebeu o título de Pescador Honorário), ferroviários, alimentação e questões habitacionais.
Aos 84 anos, faleceu em 8 de maio de 1989 devido a complicações da doença de Paget.
No ano de 2004 a Praça Sete de Setembro recebeu o busto de Carlos Santos e em 2018 ele foi homenageado emprestando o seu nome ao Salão Nobre da Prefeitura Municipal.





Para saber mais...
Torres, Luiz Henrique. Parlamentares Gaúchos / Carlos Santos – Trajetória Biográfica. Assembléia RS. Porto Alegre, 2004. http://www2.al.rs.gov.br/biblioteca/LinkClick.aspx?fileticket=7Qitg9YcNp0%3D&tabid=3101&language=pt-BR
Neves, Décio Vignoli das. Vultos do Rio Grande. Livraria Editora Pallotti. Santa Maria: 1981.



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