GENERAL NETTO
Antônio de Sousa Netto foi um militar, considerado um dos mais importantes nomes da história do Rio Grande do Sul. É reconhecido por ser um dos líderes da Revolução Farroupilha (1835 a 1845). Nascido no Povo Novo, distrito do município de Rio Grande, em 25 de maio de 1803. Era filho de açorianos, casais portugueses que colonizaram o Rio Grande do Sul. Mas foi em Bagé – RS que o general Netto desenvolveu a maior parte de sua enorme atividade de defensor da Liberdade, da República, da dignidade do Brasil Império, que ele profundamente amava como sua pátria, mas detestava como monarquia.
Estanceiro no Uruguai e Brasil, com seus campos talados e vazios, tudo que lhe restou foi a Revolução Farroupilha a que se dedicou de corpo e alma. Durante esse período não deixava de visitar sua casa em Bagé, localizada nos campos do Seival.
A partir de 1835 foi desencadeada a Revolução Farroupilha que manifestava o descontentamento dos gaúchos com o governo imperial. Enquanto o líder Bento Gonçalves, concentrava-se em ação militar, próximo a Porto Alegre, Netto comandante da 1ª Brigada Ligeira de Cavalaria do Exército Liberal, travava uma batalha contra forças imperiais, próximo ao Arroio Seival, em Bagé. A batalha vencida pelos farroupilhas ficou conhecida como Batalha do Seival, onde Netto a estabeleceu em 11 de setembro de 1836, a Proclamação da República Rio-grandense. Mesmo sem o conhecimento de Bento Gonçalves, líder do movimento, Neto e seus pares, pelos princípios republicanos resolveram separar a Província do resto do Império do Brasil e proclamá-la uma nação republicana independente. Bento Gonçalves seria informado e aclamado presidente, posteriormente.
A guerra durou 10 anos e a paz foi realizada em Ponche Verde, dia 1° de março de 1845, quando pôs fim a Revolução Farroupilha, destinando-se a unir a todo o Brasil. Apesar de contrariado, Netto concordou com os chefes da república que findava para a pacificação do Rio Grande do Sul. Desolado por motivos idealistas, ele retirou-se para o Uruguai, sendo exilado voluntário.
Era abolicionista ferrenho, por isso, levou alguns negros que o acompanharam por livre vontade e lá continuou com a criação de gado.
Retornou à luta em 1851, na Guerra contra Rosas, com sua cavalaria na brigada de Voluntários Rio-Grandenses, organizada inteiramente à sua custa, o que lhe valeu a promoção de Brigadeiro Honorário do Exército brasileiro, e a transformação de sua brigada em Brigada de Cavalaria Ligeira.
Voltou ao combate na Guerra contra Aguirre e depois, juntamente com seu exército pessoal, na Guerra do Paraguai. No comando em brigada ligeira fez a vanguarda do General Osório na invasão do Paraguai, no Passo da Pátria, em 16 de abril de 1866.
Sua brigada ostentava sempre, ao lado da bandeira do Brasil Imperial, o pavilhão tricolor da República Rio-grandense. Na batalha de Tuiuti, ele foi importante na defesa do flanco da tropa brasileira, mas foi ferido a bala e mandado para um hospital em Corrientes na Argentina, onde morreu e foi inicialmente sepultado.
Em 29 de dezembro de 1966, no centenário de sua morte, seu corpo foi exumado e transferido para um mausoléu em Bagé. Em sua lápide diz: “Aqui descansam os restos mortais do Brigadeiro Antônio de Souza Netto, falecido na cidade de Corrientes, em 1º de julho de 1866”. Existe em Bagé uma importante avenida que faz homenagem a este notável personagem histórico. Ficava então eternizada em poucas palavras a bravura do proclamador da República Rio-grandense.
Referências:
Pesavento, Sandra. História do Rio Grande do Sul. Mercado Aberto. 1982
Ruas, Tabajara. Netto perde sua alma. 1.ed. Editora Record, 2001
Estanceiro no Uruguai e Brasil, com seus campos talados e vazios, tudo que lhe restou foi a Revolução Farroupilha a que se dedicou de corpo e alma. Durante esse período não deixava de visitar sua casa em Bagé, localizada nos campos do Seival.
A partir de 1835 foi desencadeada a Revolução Farroupilha que manifestava o descontentamento dos gaúchos com o governo imperial. Enquanto o líder Bento Gonçalves, concentrava-se em ação militar, próximo a Porto Alegre, Netto comandante da 1ª Brigada Ligeira de Cavalaria do Exército Liberal, travava uma batalha contra forças imperiais, próximo ao Arroio Seival, em Bagé. A batalha vencida pelos farroupilhas ficou conhecida como Batalha do Seival, onde Netto a estabeleceu em 11 de setembro de 1836, a Proclamação da República Rio-grandense. Mesmo sem o conhecimento de Bento Gonçalves, líder do movimento, Neto e seus pares, pelos princípios republicanos resolveram separar a Província do resto do Império do Brasil e proclamá-la uma nação republicana independente. Bento Gonçalves seria informado e aclamado presidente, posteriormente.
A guerra durou 10 anos e a paz foi realizada em Ponche Verde, dia 1° de março de 1845, quando pôs fim a Revolução Farroupilha, destinando-se a unir a todo o Brasil. Apesar de contrariado, Netto concordou com os chefes da república que findava para a pacificação do Rio Grande do Sul. Desolado por motivos idealistas, ele retirou-se para o Uruguai, sendo exilado voluntário.
Era abolicionista ferrenho, por isso, levou alguns negros que o acompanharam por livre vontade e lá continuou com a criação de gado.
Retornou à luta em 1851, na Guerra contra Rosas, com sua cavalaria na brigada de Voluntários Rio-Grandenses, organizada inteiramente à sua custa, o que lhe valeu a promoção de Brigadeiro Honorário do Exército brasileiro, e a transformação de sua brigada em Brigada de Cavalaria Ligeira.
Voltou ao combate na Guerra contra Aguirre e depois, juntamente com seu exército pessoal, na Guerra do Paraguai. No comando em brigada ligeira fez a vanguarda do General Osório na invasão do Paraguai, no Passo da Pátria, em 16 de abril de 1866.
Sua brigada ostentava sempre, ao lado da bandeira do Brasil Imperial, o pavilhão tricolor da República Rio-grandense. Na batalha de Tuiuti, ele foi importante na defesa do flanco da tropa brasileira, mas foi ferido a bala e mandado para um hospital em Corrientes na Argentina, onde morreu e foi inicialmente sepultado.
Em 29 de dezembro de 1966, no centenário de sua morte, seu corpo foi exumado e transferido para um mausoléu em Bagé. Em sua lápide diz: “Aqui descansam os restos mortais do Brigadeiro Antônio de Souza Netto, falecido na cidade de Corrientes, em 1º de julho de 1866”. Existe em Bagé uma importante avenida que faz homenagem a este notável personagem histórico. Ficava então eternizada em poucas palavras a bravura do proclamador da República Rio-grandense.
Referências:
Pesavento, Sandra. História do Rio Grande do Sul. Mercado Aberto. 1982
Ruas, Tabajara. Netto perde sua alma. 1.ed. Editora Record, 2001
Diones Franchi.Folha do Sul-Bagé/RS -ANO 08/Nº2534
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