Silvestre
Guahyba Rache
Na ocasião de seu
nascimento, em 20 de janeiro de 1875, dona Cândida, sua mãe, ao entrar no nono
mês de gestação, resolveu acompanhar o esposo até Rio Grande para o filho
nascer aqui. A viagem transcorreu bem, e quando chegaram em |Pelotas,
resolveram seguir até Porto Alegre. Quando adentrava as águas do Guaíba, nasceu
Guahyba Rache, sendo assim, passou a ter o duplo nome, em virtude de seu
nascimento, em 20 de janeiro de 1875.
|Mais tarde, seus pais
transferiram residência para Rio grande. Fez o primário em Jaguarão, passou
pelo Colégio Interno dos Jesuítas em São Leopoldo e completou o curso ginasial
no Colégio Rio-Grandense, do renomado Apeles Porto Alegre, na Capital.
Envolveu-se em atos contra o governo de Júlio de Castilhos. Foi transferido
para o Colégio Militar do Ceará. Empolgado com a política federalista, acabou
fugindo de Fortaleza. Em 1894 alcançou o Uruguai. Nesse exílio perdeu contato
com os familiares, que acreditavam estar morto. Depois de anistiado procurou
sua família e deu baixa no Exército. Foi para Ouro Preto cursar Farmácia. Conseguiu
transferência para Faculdade de Medicina no Rio, onde bacharelou-se em 1901.
Foi clinicar em Porto Alegre
e em seguida fixou residência em Rio Grande. Atendia a todos sem distinção,
inclusive aos pobres e desvalidos, passando a ser chamado de Grande Benfeitor
do Rio Grande. Era integrante do partido federalista e fundador/presidente do
Clube Silveira Martins. Recusou vários convites para clinicar no Rio de
Janeiro. Era vibrante escritor na época da Primeira Grande Guerra. Dirigiu a
campanha contra varíola em São José do Norte. Tinha projetos de Salinas nessa
cidade, o que não se concretizou por conta da enfermidade, que o vitimou em 03
de abril de 1918, no Rio.
Foi venerável da Loja
Maçônica Acácia Rio Grandense. A Maçonaria fez uma homenagem construindo um
Mausoléu no cemitério de Rio Grande, transladando seus restos mortais em 1924.
Participou de congressos de
medicina. Em 1938, foi fundado o Grêmio da Medicina Libertadora Guahyba Rache.
Em 1939, uma das ruas da cidade ganhou seu nome. Foi homenageado com seu nome
dado ao Hospital localizado na rua Av. Pelotas.
Para saber mais...
Neves, Décio Vignoli das. Vultos do
Rio Grande. 3º Tomo. Rio grande, 1989.
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