Carmen da Silva
Nasceu no Rio Grande, no dia 31 de dezembro de 1919, e faleceu
em Volta Redonda/RJ, em 29 de abril de 1985. Foi
uma psicanalista, jornalista e
escritora, uma das precursoras do feminismo no
país.
Carmen da Silva já foi definida como
"um dos símbolos da modernização da imprensa e da sociedade brasileira
contemporânea”.
Formou-se professora primária no Colégio Santa Joana D’Arc. Trabalhou na
Companhia de Petróleo Ipiranga, dos 18 até os 25 anos. Publicou, de forma
eventual, alguns artigos em jornais locais.
Publicou seu primeiro livro nos anos
1940, época em que viveu no Uruguai e na Argentina, onde iniciou sua carreira
de escritora e jornalista, Nos anos 1960 radicou-se no Rio de Janeiro e
consolidou seu talento como escritora, colaborando com jornais e revistas.
Começou a trabalhar em Montevidéu, no Escritório Comercial do Brasil, e também em
uma organização internacional, onde traduzia e participava do Comitê para a
Defesa Política do Continente.
Escreveu e publicou artigos e contos para revistas e jornais,
especialmente para La Gaceta de Tucumán, um dos mais antigos
jornais da Argentina, e para a revista Leoplan, há muito
desaparecida, para Damas y amitas, Atlântida e El
Hogar, revistas femininas famosas.
Em 1955 escreveu Setiembre,
publicado em 1957, traduzido e publicado no Brasil com o título de Fuga em
setembro.
Trabalhou na Embaixada do Brasil
como secretária do adido militar.
Volta ao Brasil em 1962. Durante
22 anos, entre 1963 e 1984, redigiu a coluna "A arte de ser mulher"
na revista Claudia.
A coluna antecipou alguns dos debates que seriam depois encampados pelo
discurso feminista no Brasil:
uso da pílula
anticoncepcional, inserção da mulher no mercado de
trabalho e divórcio.
Estreia na revista com o artigo
“A protagonista”. Reuniu os artigos ali publicados no livro
intitulado A arte de
ser mulher.
Em 1975, Carmen pronuncia a conferência de abertura da “Semana de
Pesquisa Sobre o Papel e o Comportamento da Mulher Brasileira” na Associação
Brasileira de Imprensa (ABI), solenidade marco do feminismo contemporâneo no
Brasil. Conviveu intensamente com as feministas, participando de todas as
manifestações, passeatas, redação de documentos e outras atividades do
Movimento Feminista.
Em 1984, Carmen publica sua
autobiografia, Histórias híbridas de uma senhora de respeito. Ainda
nesse ano, participa da passeata de 08 de março fantasiada de Estátua da
Liberdade carregando em uma das mãos uma tocha e na outra uma tábua de cortar
carne. E assim, de modo diferente e bem humorado tratava os assuntos do
feminismo.
Para saber mais...
Nenhum comentário:
Postar um comentário