Nasceu na cidade do Rio Grande em 9 de novembro de 1921, e faleceu em 25 de fevereiro de 2015. Foi um importante pesquisador brasileiro na
área de Oceanografia, com ênfase em Malacologia (Estudo dos Moluscos).
Graduou-se em Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em
1944 e ensinou Química Inorgânica durante 25 anos na Universidade Federal do
Rio Grande (FURG).
Em 1953, com ajuda de alguns amigos, fundou o Museu
Oceanográfico, onde foi diretor por 50 anos. Com o apoio da Prefeitura
Municipal do Rio Grande, que cedeu o primeiro prédio, localizado no interior da
Praça Tamandaré, onde permaneceu de 1953 a 1972. O Museu Oceanográfico passou a
desenvolver pesquisas de laboratório e implantou uma exposição com seu acervo
para visitação, contribuindo para despertar na população local o interesse
pelas ciências do mar. Durante esses 50 anos que foi diretor. Ele montou uma
coleção de 51.000 conchas e 8.800 espécies, escreveu quatro livros sobre
conchas Brasileiras (1970, 1975,1985 e 1994) e publicou mais 70 pequenos papers
sobre moluscos. Em 1971, ele recebeu seu diploma de mestrado em Malacologia e
depois fez um curso ministrado pelo professor Dr. Emily Vokes (Tulane
University) na UFRGS. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Malacologiapor
duas vezes (1977-1979 e 1991-1993). Foi também um dos fundadores do curso de
Oceanologia da Universidade Federal do Rio Grande juntamente com Boaventura
Barcellos, Nicolas Vilhar e Cícero Vassão. Eles há algum tempo pensavam em
implantar na região um centro para estudos ligados ao oceano.
O Prof. Eliézer de Carvalho Rios, que atuava no curso de
Engenharia Industrial, foi indicado para assumir o cargo de Diretor do curso de
Oceanologia e coordenar as medidas administrativas para seu funcionamento. A
primeira turma era constituída, em sua maioria, por acadêmicos da cidade ou do
Rio Grande do Sul. As aulas tiveram início no dia 1° de março de 1971. A aula
inaugural, que teve por título “Novos Mundos da Oceanografia”, foi proferida no
auditório da Biblioteca Rio-Grandense pelo Diretor do curso. Rios foi também
paraninfo da segunda turma de formandos.
Seu nome foi dado ao Museu Oceanográfico e a uma escola da
rede municipal de ensino.
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