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terça-feira, 4 de junho de 2019

VOCÊ ME CONHECE?



Angelina Gonçalves

Nasceu em 1913 no Rio Grande. Angelina Gonçalves era uma operária tecelã na fábrica de tecidos “Rheingantz, participou da Sociedade União Operária, organização proibida de funcionar legalmente a partir de 1949. Uma líder operária e militante do PCB, morta durante as manifestações de 1º de maio de 1950, na cidade de Rio Grande. O massacre ocorreu após a realização de um churrasco comemorativo do Dia do Trabalho no Cassino dos Pobres, hoje Parque do Trabalhador.  Numa luta corpo a corpo, um policial teria arrancado a bandeira nacional que algumas mulheres traziam à frente da passeata, e Angelina foi até lá e a tomou de volta,  quando  foi atingida por disparo de arma de fogo, desferido por um agente de segurança do Estado,  juntamente com mais três trabalhadores.
Naquela data, os sindicatos haviam organizado um comício e diversos outros eventos. A campanha pelo petróleo, na década de 50, galvanizava setores populares, de norte a sul do país. Naquele 1º de maio, as mulheres e os trabalhadores organizaram protestos contra a exploração do petróleo brasileiro por empresas estrangeiras. A morte de Angelina Gonçalves marcou historicamente a participação da mulher brasileira nessa campanha.
Esse 1º de maio em Rio Grande teve repercussões em muitas outras cidades do Brasil e ficou conhecido como “o dia em que mataram a operária” e “o 1º de maio sangrento”. Sua história é contada nos movimentos de mulheres como exemplo da participação feminina nas lutas do povo brasileiro.
A placa em sua homenagem se localiza no canteiro central da Avenida Presidente Vargas.

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