Angelina
Gonçalves
Nasceu em 1913 no Rio Grande. Angelina
Gonçalves era uma operária tecelã na fábrica de tecidos “Rheingantz”, participou
da Sociedade União Operária, organização proibida de funcionar legalmente a
partir de 1949. Uma líder
operária e militante do PCB, morta durante as manifestações de 1º de maio de 1950,
na cidade de Rio Grande. O massacre ocorreu após a realização de um churrasco
comemorativo do Dia do Trabalho no Cassino dos Pobres, hoje Parque do
Trabalhador. Numa
luta corpo a corpo, um policial teria arrancado a bandeira nacional que algumas
mulheres traziam à frente da passeata, e Angelina foi até lá e a tomou de volta,
quando foi atingida
por disparo de arma de fogo, desferido por um agente de segurança do Estado,
juntamente com mais três trabalhadores.
Naquela data, os sindicatos
haviam organizado um comício e diversos outros eventos. A campanha pelo
petróleo, na década de 50, galvanizava setores populares, de norte a sul do
país. Naquele 1º de maio, as mulheres e os trabalhadores organizaram protestos
contra a exploração do petróleo brasileiro por empresas estrangeiras. A morte
de Angelina Gonçalves marcou historicamente a participação da mulher brasileira
nessa campanha.
Esse 1º de maio em Rio Grande teve repercussões
em muitas outras cidades do Brasil e ficou conhecido como “o dia em que mataram
a operária” e “o 1º de maio sangrento”. Sua história é contada nos movimentos de mulheres como exemplo da
participação feminina nas lutas do povo brasileiro.
A placa em sua homenagem se localiza
no canteiro central da Avenida Presidente Vargas.
Para saber mais...
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