De
origem portuguesa, nasceu na cidade de Ouro Preto - Minas Gerais, em 1839,
filho de Lucas Claudemiro Dias Bicalho Alferes e Maria Augusta Carneiro Leão
Bicalho. Formou-se engenheiro pela Escola Militar do Rio de Janeiro e pela
Escola de Pontes e Calçadas de Paris. Casou-se com Maria Elisa Hungria. Sua
família possui destaque na história da engenharia brasileira. Faleceu na cidade
do Rio de Janeiro, em 05 de maio de 1886.
No
ano de 1874, o Engenheiro Honório Bicalho deu início aos seus estudos para
formular o projeto da construção dos Molhes da Barra.
Em
1883, o Governo Imperial autorizou, pela Lei de Orçamento 1882-1883 e em
1883-1884, a realização de estudos e a apresentação de um projeto definitivo
que visasse à desobstrução da Barra ou qualquer outra obra que facilitasse o
movimento do comércio.
Sendo
assim, a comissão presidida por Honório Bicalho e composta por 12 membros foi
autorizada pelo Governo Imperial, através de Portaria, em 13 de janeiro de 1883,
a elaborar o projeto definitivo para a barra.
Ao
assumirem os trabalhos, a Comissão de Honório Bicalho teve acesso aos dados
sobre as observações meteorológicas, sobre o estado da Barra e a profundidade
do canal de acesso. Estes dados foram colhidos pela Inspetoria da Praticagem da
Barra e registrados no Serviço de Conservação do Porto, chefiado pelo
Engenheiro e Diretor Lopo Gonçalves Bastos Netto, de 1877 até 1882. Em julho do
ano de 1885, o Governo Imperial, por intermédio de seu Ministro em Bruxelas,
coloca em prática o conselho de Bicalho e convida o engenheiro holandês Pieter
Caland a vir ao Brasil para examinar o Projeto de Melhoramento da Barra do Rio
Grande do Sul para que este pudesse fazer contribuições que fossem relevantes
para a realização e concretização do projeto de melhoramento da barra.
No
ano de 1886, o governo autoriza a contratação para a construção das obras do
melhoramento da Barra do Rio Grande do Sul, de conformidade com os estudos e
planos feitos pelo engenheiro Honório Bicalho, e modificados pelo engenheiro
holandês Pieter Caland.
Em
1890, através do decreto n. 160 de 1890, o ministro da Agricultura autorizou os
trabalhos de Melhoramento da Barra, para o fim, a Societé Anonyme Franco-Brésilienne de Travaux Publics foi
contratada, porém tendo rescindido seu contrato por decreto no dia 23 de
outubro de 1893.
Ele
fez alterações importantes para o projeto de Bicalho. Somente em 1908 é
contratada a Compagnie Francaise du Port do Rio Grande do Sul que toma pra si as obras
e os projetos para a construção de dois Molhes convergentes para a Barra do Rio
Grande do Sul e a construção do Porto Novo do Rio Grande. Ambos inaugurados no
ano de 1915.
O Clube Náutico Honório
Bicalho e a avenida em que o mesmo se localiza, homenageiam o seu nome.
Para saber mais...
Ferreira, Gladis Rejane Moran e Teixeira, Heytor Diniz. Biografia
desenvolvida pela Biblioteca da Superintendência do Porto do Rio Grande. Rio
Grande – RS, 2019.
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