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quarta-feira, 21 de agosto de 2019

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TEIXEIRA LOPES

António Teixeira Lopes nasceu a 27 de outubro de 1866, em Vila Nova de Gaia, no seio dessa família natural de Alijó, Vila Real. Filho de José Joaquim Teixeira Lopes, pai do arquiteto José Teixeira Lopes, cresceu a vê-lo desenvolver vários trabalhos pessoais e profissionais, para além da grande residência onde habitou a família. O seu progenitor, que também se notabilizava pelo trabalho em cerâmica, tornou-o íntimo da Fábrica Cerâmica das Devesas, que se situava perto de sua casa, e onde viria a trabalhar com o seu filho. A sua aprendizagem iniciou-se, assim, na oficina pessoal do seu pai, tornando-se conhecido, no meio, por Teixeira Lopes Filho. A paixão tornou-se consolidada numa visita a uma exposição coletiva do Centro Artístico Portuense, localizado à data no Palácio de Cristal. Privando contacto com a escultura “Flor Agreste”, do seu futuro professor Soares dos Reis, tinha a plena certeza de que era de traduzir almas para a matéria que seria feita a sua vida.
O sucesso que alcançou tornou-o íntimo da família real, aproximando-se do regente D. Carlos I, do irmão deste D. Afonso, e da duquesa de Palmela, que lhe solicitou uma escultura da “Rainha Santa” D. Isabel (1895), a ser disposta no mosteiro conimbricense de Santa Clara-a-Nova. Esse ímpeto levou-o, também, a dar forma à Nossa Senhora de Fátima (Hospital de Fátima). Um ano depois, tornar-se-ia professor onde havia estudado, no Porto, e, lá, lecionou durante 35 anos (fora o período da I Guerra Mundial), jubilando nesse ano. Foi um período em que viu o seu trabalho ser exportado pelo mundo, principalmente no Brasil, com as suas portas de bronze aplicadas na Igreja da Nossa Senhora da Candelária, no Rio de Janeiro; e no monumento que possui as ossadas do militar revolucionário Bento Gonçalves, no Rio Grande.

António Teixeira Lopes viria a falecer a 21 de junho de 1942, aos 76 anos, em São Mamede de Ribatua, onde tudo havia começado. Grande parte da sua obra permanece no seu antigo atelier, na Rua do Marquês de Sá da Bandeira, em Vila Nova de Gaia, sendo agora a Casa-Museu Teixeira Lopes. 

Para saber mais:
www.comunidadeculturaearte.com/o-legado-dos-teixeira-lopes-na-escultura-portuguesa/

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