Página de divulgação das ações da Secretaria de Cultura do município do RIO GRANDE RS.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

POR UMA CULTURA RECONHECIDA COMO VETOR DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO




Por Esther Louro/Jornal Agora

Gestor da Pasta desde 2015, Ricardo Freitas, além de ser artista plástico e cartunista, possui formação em gestão pública. Funcionário público há mais de 30 anos, vinculado à Corsan, Freitas está cedido à Prefeitura Municipal do Rio Grande e pretende dar continuidade a projetos importantes que tiveram início nos anos anteriores e colocar em prática alguns que ainda não saíram do papel.

Para o gestor, é preciso reconhecer três dimensões culturais: simbólica, através de suas manifestações e segmentos artísticos; econômica, fazendo gerar renda para os ativistas culturais; e cidadã, promovendo a inclusão social. A cultura, para Freitas, é um agente transformador na vida das pessoas.“A cultura deve ser para todos, é com ela que nos tornamos donos de nós mesmos, compreendemos melhor o mundo e o outro. A cultura é transformadora da vida das pessoas e só faz sentido se isso funcionar para todos, então, é nisto que trabalhamos, na ampliação da cultura para todos, na democratização da cultura [...] quanto mais cultura, mais cidadania”, disse.

VERÃO CULTURAL

A edição de 2017 está em pleno vapor no balneário Cassino e englobou atividades diversas, como: shows no Multipalco, Quitanda Cultural, Arte em trânsito, Ondas da Leitura, Feira do Livro da Furg, Festival de Esculturas em Areia, Caravana da Cultura, Festival de Pipas e Pandorgas, Exposição Fotográfica no Partage Shopping e Exposição de Esculturas em Madeira no Horto Municipal.

SISTEMA MUNICIPAL DE CULTURA

Segundo o gestor, a Secult está debruçada em um projeto que precisa ter prosseguimento, para que novas portas se abram: a aprovação da Lei que cria o Sistema Municipal da Cultura. Com a Lei, o órgão gestor da Cultura poderá executar programas de formação e disponibilizar editais, para que sejam apresentados projetos que possam ser potencializados pelo Proarte (Programa Municipal de Fomento e Incentivo à Arte e Cultura). “Nossa ideia é fazer editais que façam circular a cultura por diversos coletivos culturais. Desta forma, o protagonismo passa a ser dos coletivos, se tudo der certo serão cerca de 20 projetos por ano”, adiantou Freitas.

Com o Proarte, os interessados poderão apresentar os projetos e, se aprovados, devem executá-lo e após realizar a prestação de contas. Para isso, Freitas ressalta que a Secult fará oficinas sobre elaboração de projetos e também sobre prestação de contas. 
Outro fato importante é a necessidade da criação do Sistema Municipal de Cultura, para que se consiga recursos diretamente com o Fundo Nacional de Cultura, perante a volátil existência do Ministério da Cultura.“Assim, poderemos universalizar cada vez mais a cultura, descentralizando os pontos culturais, pois cada região tem sua cultura local e, com o Sistema aprovado, poderemos pôr em nível de igualdade todos os bens culturais, atendendo às diversidades e valorizando o artista local”, ressaltou Freitas.

O Projeto de Lei do Sistema cria e renova as seguintes instâncias e instrumentos de gestão: Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC); Conferência Municipal de Cultura (CMC); Plano Municipal de Cultura; Sistema Municipal de Financiamento da Cultura (através do Fundo Municipal de Cultura); e, Sistema Municipal de Informações e Indicadores Culturais. Ainda, dentro da Lei do Sistema Municipal, muda a composição do Conselho, em que serão 20 membros titulares, com a seguinte composição: 7 membros titulares e respectivos suplentes, representando o Poder Público e 13 membros titulares e respectivos suplentes, representando a sociedade civil, através de setores distintos.

PROJETOS

Segundo Freitas muitos projetos que já são executados serão fortalecidos e repetidos neste ano, entre eles: Quitanda Cultural, Salão Nacional do Humor do Rio Grande, Salão de Artes Visuais, Atelier Livre, Flautas Mágicas (a primeira edição foi chamada de Orquestra de Flautas Castelo do Sol), Flirg e Revsta Mais Cultura. Ainda, existem projetos que não foram colocados em prática, como o Memória dos Bairros, que pretende contar as histórias dos bairros e o Pescador da Cultura, que pretende enfocar a ligação dos pescadores e do mar, através da contação de histórias e da valorização da cultura do pescador, da feitura das redes e etc.


CASARÃO DA VITORINO

O casarão da rua Vitorino nº 666 foi adquirido pelo Executivo Municipal – com uma entrada oriunda do Fundo Municipal do Patrimônio Histórico – e abrigará primeiramente a Secult e os Conselhos que estão sob a tutela da Cultura, como o Conselho Municipal de Patrimônio Histórico do Município do Rio Grande, que foi o doador do valor necessário para a entrada do imóvel.

A Secult será a primeira a ocupar o Casarão da Vitorino, mas, segundo Freitas, quando a SMEd desocupar o Sobrado dos Azulejos, a Secult deve retornar para o seu antigo local. Mas, o gestor acredita que, mesmo após a saída da parte técnica da Secult, o casarão deva continuar sendo ocupado por muita cultura e, também, por setores como o Núcleo de Patrimônio Material e Imaterial. Segundo o gestor, a Secretaria ainda aguarda a licitação e empenho para execução das adequações necessárias para a instalação de rede de internet, para então ocupar o local. Até lá, a Secretara funciona em salas do prédio, na esquina da rua Cristóvão Colombo com a avenida Buarque de Macedo.

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