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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

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BENTO GONÇALVES

Bento Gonçalves da Silva era filho do alferes português Joaquim Gonçalves da Silva e de Perpétua da Costa Meirelles. Nascido a 23 de setembro de 1788, os pais haviam planejado o futuro do filho ligado à igreja, definindo a ele uma suposta vocação para membro do Clero. Bento Gonçalves fugiu ao destino assumindo a liderança de um movimento que convulsionou a Província durante uma década. Antes da Revolução Farroupilha, transitou como militar e estancieiro na fronteira entre o Uruguai e o Rio Grande do Sul, casando-se com a uruguaia Caetana Garcia em 1814, estabelecendo-se na Banda Oriental e se dedicando a atividade de estancieiro. Participou das Campanhas da Cisplatina, nas guerras entre Uruguai, Argentina e Brasil, tornando-se coronel de Estado Maior e assumindo o comando da fronteira e dos Guardas Nacionais no comando do 4° Regimento de Cavalaria de Linha. Provavelmente já era maçom nessa época, pois consta que organizou várias lojas maçônicas em cidades da fronteira. Em 1834 foi acusado de conspirar contra o Império sendo absolvido no Rio de Janeiro, mas perdendo o comando militar. Foi eleito Deputado provincial em 1835. Em 20 de abril de 1835, na sessão de instalação da Assembléia Provincial, é acusado de articular a separação do Rio Grande do Sul do restante do Império. Liderou os separatistas na Revolução Farroupilha, também conhecida como Guerra dos Farrapos - 1835/1845. Raros registros no Jornal O Noticiador assinalam a popularidade que Bento Gonçalves da Silva tinha na então Vila do Rio Grande de São Pedro. Este jornal acompanhou a passagem do Coronel pela localidade buscando no Porto do Rio Grande a embarcação que o levaria até o Rio de Janeiro. Um pouco menos de dois anos após esta passagem por Rio Grande eclodiria a Revolução Farroupilha e o papel de Bento Gonçalves foi fundamental nos rumos do movimento. Foi preso em combate e posteriormente escapou da prisão na Bahia, assumindo o cargo de presidente da República Rio-grandense. Foi um dos generais farroupilhas afastando-se em 1844 do cenário revolucionário. Embora tenha iniciado as negociações de paz com Caxias, em agosto do mesmo ano, Bento não iria concluí-las. O clima de divisão entre os farrapos continuava, e ele foi afastado das negociações pelo grupo que se lhe opunha. Desligou-se, então, definitivamente da vida pública. O rico estancieiro, no início do conflito, ficou empobrecido pela guerra civil, falecendo em Pedras Brancas, de pleurisia, em 18 de julho de 1847, deixando a viúva e oito filhos. Seu nome foi dado a uma rua e a uma escola em nossa cidade. Seus restos mortais foram doados a Intendência Municipal do Rio Grande, por um de seus filhos, no ano de 1899. O monumento-túmulo erigido no centro da Praça Tamandaré, é de autoria do português Teixeira Lopes, e sua inauguração ocorreu em 20 de setembro de 1909.

Para saber mais... http://www.repositorio.jesuita.org.br/bitstream/handle/UNISINOS/2178/JuarezFuaoHist oria.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Juarez Rodrigues Fuão – A construção da memória – os monumentos de Bento Gonçalves e José Artigas. http://historiaehistoriografiadors.blogspot.com/search?q=bento+gon%C3%A7alves. Luiz Henrique Torres – Bento Gonçalves da Silva em Rio Grande TORRES, Luiz Henrique. Os Leões da Praça Tamandaré: história da Geribanda e do monumento a Bento Gonçalves da Silva. Rio Grande: Pluscom, 2016. https://www.ebiografia.com/bento_goncalves/ https://www.sohistoria.com.br/biografias/bentogoncalves/ https://www.historiadobrasil.net/resumos/bento_goncalves.htm




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