Emílio Luiz Mallet
Matriculou-se na Academia Real Militar
do Império, assentando praça como primeiro cadete em 13 de novembro de 1822. Em
breve, optaria pela formação no curso de Artilharia. Como
2º tenente, Mallet comandou uma bateria de Artilharia a Cavalo na campanhas da
Cisplatina, de 1825 a 1828. Apesar de ter jurado a Constituição do Império em
1824, foi demitido do serviço ativo em 1831 por "não ser brasileiro
nato". No entanto, em 1837, no decorrer da Revolução Farroupilha, foi
convidado a servir. Coube-lhe fortificar a vila de Rio Grande, objetivo
estratégico dos farroupilhas. Após a
assinatura da Paz de Ponche Verde, em 1845, Mallet retornou a atividades
pastoris como oleiro em sua chácara no Quebracho, nos arredores de Bagé.
Em 1851 voltou a ser convocado para
servir na Guerra do Prata. Mallet combateu ainda na Guerra contra Aguirre, na
Guerra do Paraguai e Tuiuti. Nessa batalha, suas bocas-de-fogo foram batizadas
“artilharia revólver”, tal a precisão e a rapidez de seus fogos. A previsão e a
criatividade do chefe militar asseguraram importante vitória do Exército
Imperial. O profundo fosso que Mallet fez construir para a proteção de suas
peças constituiu-se em eficiente obstáculo que impediu o avanço da tropa
inimiga. Esse fato passou para a História com a célebre frase do comandante da
Artilharia brasileira: “Eles que venham. Por aqui não passam.”
Mais tarde, ascendeu ao posto de
Brigadeiro, chegando a Marechal de Exército. Permaneceu no serviço ativo até
então, vindo a falecer em 2 de janeiro de 1886, na cidade do Rio de Janeiro,
aos 84 anos.
Em 1932 lhe foi conferido, por meio de
decreto nº 21.196, o título de Patrono da Artilharia brasileira. Desde então,
em 10 de junho, dia de seu aniversário, comemora-se o Dia da Artilharia no
Exército Brasileiro.
Uma escola
estadual em Rio Grande recebe seu nome.
Para
saber mais...
Nenhum comentário:
Postar um comentário