Página de divulgação das ações da Secretaria de Cultura do município do RIO GRANDE RS.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

ABRIL INDÍGENA: 516 ANOS DE RESISTÊNCIA E CULTURA



A Campanha Abril Indígena 2016 /FUNAI marca a luta da população indígena pela preservação de seus direitos, no que concerne à saúde, à cultura, à moradia. Em Rio Grande, a campanha contou com uma programação diversificada, com destaque para atividades como exposição de artesanato na Sala Multiuso – peças confeccionadas por artesãos descendentes dos povos Guarani Mbya e Kaigang – apresentações culturais, rodas de conversa, mostra de vídeos, entre outras. 


No Largo Dr. Pio, na tarde desta sexta-feira (29), um grupo pertencente à comunidade indígena, Guarani Mbya, celebrou o encerramento da Campanha com apresentações de canto, dança e venda de artesanato (representações da natureza como esculturas de animais e peças que lembram a caça e a dança típica, como arcos, zarabatanas, chocalhos).



Valdecir Xunu Moreira, descendente Guarani e natural do município de Tenente Portela/RS, ressalta a importância desta oportunidade concedida pela Prefeitura do Rio Grande e pela Secretaria de Município da Cultura para a divulgação da tradição indígena: “somos um povo pacífico, e esta é uma grande ocasião de mostrar nosso trabalho para que todos vejam que ainda existem índios Guarani no interior do Estado”. 

Atualmente a comunidade Guarani Mbya encontra-se domiciliada em Viamão, e compreende 45 famílias. Valdecir ainda destaca a relevância da representação da natureza através do artesanato: “ensina as gerações a não esquecer que somos a natureza, fazemos parte dela. Quando a última árvore for cortada e o quando o último peixe sair da água, aí o povo branco entenderá que dinheiro não se come”.




Roselia Duarte, também Guarani, provinda de Misione, na Argentina, relata que se torna difícil o sustento na comunidade. No momento, ela, seu marido Daniel e seus dois filhos José e Gonçalo vivem em condições precárias. Diante da apresentação de cantos e danças indígenas, Noeli de Fátima Dumas, descendente indígena da Cidade de Cassador/SC, residente em Rio Grande há mais de 20 anos, espantou-se com a falta de agasalho das crianças devido às baixas temperaturas daquela tarde.



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