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quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

VOCÊ ME CONHECE?


Carlos Guilherme Rheingantz

Nasceu em 14 de abril de 1849, em Pelotas e faleceu em 30 de maio de 1909, no Rio de Janeiro e foi filho de Diogo Jacob Rheingantz e Maria Carolina von Fella.
Carlos foi mandado para a Europa com oito anos para realizar estudos, como era costume à época, cuja ênfase foram as atividades comerciais e industriais.
Ao retornar para o Brasil, após recorrer vários países da Europa, dedica-se ao comércio em Pelotas. Em 1º de março de 1873, casa-se com Maria Francisca de Sá.
De origem renana, foi o fundador da Fábrica Rheingantz em sociedade com o sogro, Miguel Tito de Sá, e com o empresário alemão Hermann Vater.
Impondo-se como pioneira no setor têxtil no sul do Brasil, a Rheingantz ocupou o lugar de uma grande empresa nos finais do século XIX, configurando-se num nível produtivo que abarcava um mercado consumidor de grandes proporções, extrapolando as fronteiras regionais.
Fundada em novembro de 1873, a Rheingantz  foi uma empresa pioneira na produção de tecidos e panos de lã. A fábrica original funcionava nas proximidades da praça Marcílio Dias nas esquinas da Silva Paes com Barroso. Em 1885 inaugura suas novas instalações na Cidade Nova, começando a edificação do complexo arquitetônico hoje conhecido. Além dos prédios de produção e administração, foi construída a Vila Operária para que os trabalhadores morassem junto à fábrica.
O ato de inauguração foi registrado pelo jornal Echo do Sul do dia 7 de março de 1885: “O crescente desenvolvimento que tomou este estabelecimento aconselhou os Srs. Rheingantz e C. a mudarem sua fábrica de tecidos de lã para o grande terreno onde se acha a tinturaria e onde foi construído o vasto edifício, cujas obras foram inauguradas no dia primeiro do corrente com a assistência de Suas Altezas Imperiais”.
O projeto fabril do fundador é apresentado nos relatos de seus descendentes como resultante de sua experiência na Alemanha e em viagens que realizou à Inglaterra para conhecer fábricas têxteis. No Rio Grande do Sul buscou encontrar um local propício à instalação de uma indústria nos moldes das que havia conhecido na Europa. E a cidade de Rio Grande foi escolhida principalmente por já possuir um porto capaz de receber embarcações comerciais, o que facilitava a importação de equipamentos necessários à produção têxtil. Durante as primeiras três décadas do século XX, a empresa ampliou e aprimorou o processo de fabrico de tecidos de lã e para tanto incentivou a vinda de estrangeiros, predominando os alemães nos setores técnicos da empresa. Em outros setores, como carpintaria, marcenaria e tapeçaria, os mestres eram igualmente de origem europeia, tais como italianos, poloneses e portugueses.
Carlos Guilherme Rheingantz  se faz presente, também, na comissão provisória instaurada para a administração do município por ocasião da proclamação da República, em 1889.

Para saber mais:


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